02 novembro, 2006

Hipócritas na Imprensa

AGÊNCIA LUSA

Hipócritas levam à cena em Lisboa "Se perguntarem por mim não estou"
A peça "Se perguntarem por mim não estou", de Mário de Carvalho, é levada à cena no Instituto Franco- Português, em Lisboa, pela Companhia de Teatro Hipócritas, até 18 de Novembro.

Em palco estarão nove personagens coagidas pelo medo de um tigre que estará à solta no prédio, uma alegoria à repressão política que o encenador Alexandre Borges optou por transportar para o mundo teatral. "Prescindimos da ideia de opressão colocando a questão na presença de dois grupos de pessoas na sala: o dos actores e o dessa massa invisível que é o público", disse à Lusa Alexandre Borges. Todavia, segundo o encenador, "será sempre mantida a linha de divisão entre o público e os nove actores em palco". Borges manteve também a proposta do dramaturgo de a acção decorrer num apartamento, mas optou por um palco giratório. Assim, descreveu o encenador, ao longo da peça são apresentadas três perspectivas do apartamento onde decorre a acção, para que no final da peça "o público se sinta no corredor do apartamento no edifício onde estará o tigre". "Há uma perspectiva tradicional do apartamento, pela frente, depois uma lateral, vendo-se o apartamento e o corredor e, finalmente, uma das traseiras, onde o público se sentirá como estando no corredor", esclareceu. A Companhia de Teatro Hipócritas teve a sua origem no Grupo de Teatro da Escola Superior de Comunicação Social. Em cena estarão os actores Ana Borga, Filipa Pais de Sousa, Miguel, Lúcia Morgado, Sheila Totta, Sílvia Soares, Susana Viana, Manuel Barbosa, Tiago Martins e o gato Matilde que é o "Tigre". Alexandre Borges é actor, encenador e escritor. Autor de "Dez histórias de amor em Portugal" e co-autor de "Histórias secretas de reis portugueses" prepara actualmente para publicação um romance. Colabora frequentemente com a RTP como guionista de programas e actor convidado, tendo recentemente participado nos programas "Operação Triunfo", "Prós e contras", "Serviço Público", entre outros.

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